“Ela gostava de aventuras, de emoções. Acho que foi por isso que ela se atreveu a amar.”— Me confundiram com Elizabeth
- Você mudou.
- Não.
- Ficou mais fria.
- Não.
- Então o que foi?
- Só cansei.
- De que?
- De me decepcionar tanto.
Ela está confusa. Ela está sorrindo, mas na verdade ela quer chorar. Ela está assustada. Ela nunca se sentiu assim. Ela sofria em silêncio. Ninguém conseguia ajudá-la. E isso estava acabando com ela. Eu tento correr, para salva-la. Mas parece que quanto mais eu corro mas longe ela fica de mim. Ela segura um coração nas mãos, o meu coração. Seus choros ficam cada vez mais altos, ela me grita ao quarto ao lado. Eu tento sair, e ir salva-la. Mas eu me perco, tento abrir a porta de seu quarto. Mas não consigo.
- ZAYN? - ela grita, cada vez mais alto. - ZAYN! ME AJUDA! - ela grita, e por um segundo tudo fica em silencio. - ZAYN?!
E então, tudo se apaga. Uma voz diferente me chama.
- Zayn por favor acorda, a Kristy não está bem. - uma voz diferente me chamava, uma voz masculina. - Zayn, é sério. A Kris não para de chorar.
- Kris, meu anjo. - acariciei seu cabelo beijando sua testa. - O que aconteceu?
- Eu não sirvo para nada.- ela soluçava cada vez mais, e não parava de chorar. - Você vai em deixar, eu vou ficar sozinha Zayn. Perdida.
- Quem te disse isso meu anjo?
- Você vai para longe de mim, vai desistir de mim! - ela soluçou novamente, desta vez agarrando me pescoço com força.
Engoli o choro e respirei fundo. Sorri, um sorriso de lado. Meio apagado. Aparentemente eu estava bem, mas só Deus sabe o quanto estava doendo a vê-la daquele jeito. Chorando feito uma criança.
- Eu nunca seria capaz de te deixar, meu amorzinho. Eu não sou nada sem você. - a ajeitei de uma forma melhor no meu colo, a mimando como uma criança.
- Ele voltava Zayn. Ele me prendia, me impedia de te ver. Eu não quero ficar longe de você. - ela chorou ainda mais.
Oh, os mesmo sonhos de antes. Com a mesma pessoa, com a mesma Kristy. E, vai ver ela volta a ser a pessoa que ela era antes.
- Eu não vou deixar meu anjo. Eu não vou permitir. Ele não te merece, pessoas melhores virão. - dei um pequeno sorriso. - O amor da sua vida, por exemplo.
- Mas você é o amor da minha vida.
Sorri.
- Você também é o amor da minha vida. - falei, afinal, essa era a verdade. Tive impressão que nunca tinha disto coisa tão verdadeira e significativa em toda a minha vida.
- Zayn. - ela se arrumou. - Me desculpa?
Hãn?
- Te desculpar pelo que?
- Por tudo.
[...]
- Está ficando escuro e frio. - murmurei. - Ela vai morrer de frio.
- Ela vai ficar bem. - Liam falou calmo, mesmo, no fundo, não estando assim - Ela vai ficar bem.
- Eu quero que ela fique bem aqui comigo, nos meus braços, protegida! QUE INFERNO! Para que sair correndo pelo mundo como se isso fosse resolver nossos problemas? Isso é a merda da vida real, não um filme de romance. Eu não posso salvá-la todas as vezes, não posso salvá-la se não souber onde ela está. EU NÃO POSSO PORRA!- disse pegando um casaco, correndo até a porta.
- Você não vai sair de novo, ela não quer ser encontrada. - Zayn tentou me impedir, mas eu ignorei.
Havia um lugar, longe demais do hospital e improvável demais para ser pensado. Mas para eles tinha um significado. Era aonde eles aviam se conhecido, em um restaurante.. Por isso pegou o carro e dirigiu até o cais, esperando encontrar pelo menos um sinal. Dirigiu o mais rápido que conseguiu e quando chegou, viu o lugar vazio com o mar já negro por causa da noite, refletindo as poucas luzes que tinham ao redor.
- KRIS ! - ele chamou, andando por entre os restaurantes fechados. - KRISTY !
A resposta fora apenas alguns pássaros espantados pelos gritos, voando para longe dele. A noite estava fria, como uma clássica noite em Londres. Porém, não desistiu. Continuou gritando e chamando, andando pelo lugar olhando em cada parte, até que viu. Jogado no chão, um corpo parecia quase sem vida. Com o coração na boca, ele se aproximou e, então, sentiu seu próprio corpo gelado e sem força. estava ali, pálida e com a respiração fraca.
- Zayn! – ela chamou com a voz fraca.
- Kris, meu amor! – como um eco, ele respondeu desesperado.
- Estou aqui. – disse sacudindo as mãos.
- Por que você fez isso? Por que?- o choro ecoava agora pelo lugar vazio.
- Eu... eu...
Uma luz fraca começou a iluminar tudo, despretensiosa, sem compromisso. O vulto formado pelo corpo de agachado no chão já podia ser visto. sentiu seu coração bater um pouco mais rápido, como se o calor dele estivesse aquecendo-a naquele lugar. Mas ela estava tão distante...
- Nós podíamos ter ficado juntos. – ele dizia – Você aturaria meu mau humor e eu suas crises de insegurança... Por que?
Conforme a luz ganhava força, ela podia ver que segurava algo nos braços. Alguém. Os cabelos esparramados no chão, o corpo sem vida e cor, a não ser o brilho das lágrimas dele que escorriam pela pele fria.
- Eu.... – ela tentava dizer, porém sua voz sumia ao passo que percebia que o corpo era o dela.
- Por favor, . Respire. – ele pediu e ela tentou.
No entanto, seu peito parecia estar repleto de concreto e o ar não entrava. Sufocada, ela tentava pedir socorro, tentava respirar, tentava voltar a vida, abrir os olhos. Mas a escuridão voltou a abraçá-la com força e a voz de não passava de um murmúrio.
- Kris, fale comigo. – a segurou nos braços fortemente, ajoelhando-se no chão, levando-a para perto de seu corpo. – Por favor, respire.
Ele a sacudiu levemente e, decidido, colocou os lábios sobre os dela.
- Você não vai me deixar agora. – ele disse – RESPIRE! FIQUE COMIGO!
Um gemido leve foi ouvido e tentou se mexer... sem sucesso. Como ele poderia perdê-la assim, com algo tão fácil de se prevenir quando tantas coisas mais perigosas ameaçavam suas vidas?
- Calma, meu amor. – ele sussurrou ao ver o esforço que ela fazia – Vai ficar tudo bem.
Se era temperatura o problema inicial, ele resolveria isso. Carregando-a no colo enquanto fazia orações aleatórias para que Deus o ouvisse e a segurasse no mundo por mais algum tempo, foi até seu carro. Colocou a garota no banco de trás e foi rapidamente ligar o aquecedor no máximo que podia.
Seus dedos tremiam, mas não de frio. Desabotoou sua própria camisa, tirou o cinto de suas calças jeans surradas e tirou-a também. O ar dentro do carro estava quente demais e podia sentir seu corpo suando, mas ela estava ali do mesmo jeito. Devagar, ele subiu a blusa que ela usava e seus shorts. Não achou necessidade de tirar também as roupas íntimas, e mesmo tendo-a tão perto daquele jeito, sua mente, sequer, pensou em outra possibilidade. Que ria-a viva. Com ele, pensou até como seria daqui a alguns anos. Quando tudo estiver-se resolvido, quando ele e ela saíssem dessa vida. Parassem de ser conhecidos como Dama do crime e Coringa, e fossem conhecidos somente pelos seus sobrenomes ou pelos seus nomes, apelidos. Oh, definitivamente, perdê-la estava fora de cogitação.
Pressionando entre o banco e seu próprio corpo, ele a envolveu e deixou que suas lágrimas se transformassem nas preces que ele já não tinha força para fazer. Podia sentir o coração dela bater fracamente, sentia sua pele fria ficar morna encostando na dele como numa carícia, como que para lembrá-lo do quanto ela era importante. E quando a pele dela ficou quente e a batida de seu coração teimava a ficar um pouco mais forte, ele se colocou a chorar. Um choro aliviado, feliz, sem gemidos, sem soluços, um choro silencio. Apenas observando a respiração dela.
Mas do nada, ela começou a ter aqueles típicos pesadelos. Desta vez, se remexendo e tentando sair dos braços de Zayn. Ele não deixava, mas ela era forte. Seu corpo ficou frio, sua respiração fraca e então ela caiu novamente no banco, desacordada. Então, ele soube, que aquilo poderia ser o fim.
Podia ser o fim de uma historia que ainda nem começou, de uma vida que já sofreu de mais, e que precisa de atenção. Que precisa ser protegida.
Zayn murmurou alguma coisa a pegando no colo, com delicadeza começou a acariciar seu corpo, cantando uma musica que ela adorava. Se lembrando de todos os momentos com ela.
I've been looking so long at these pictures of you
That I almost believe that they're real
I've been living so long with my pictures of you
That I almost believe that the pictures
are all I can feel.
- Nossa Zaza, você nem conhece ele é fica com essas besteiras. - ela murmurou pegando a pizza e pagando.
- Eu só acho que a gente podia comer essa pizza sozinhos e manda ele passear na Síria com uma bandeira do E.U.A, né? Você não acha que é uma boa ideia?
- Não, não acho. - ela falou colocando a pizza na mesa. E a campainha tocou.
Revirei os olhos e fui abri, com um sorriso falso no meu rosto. EU ODEIO ESSE CARA!
Ele sorriu simpático e entrou, abraçou ela a girando no ar. Eu vou matar esse desgraçado.
- Quatro dias né?! Eu vou me vingar, você vai ver só. - ele disse a colocando no chão.
- Nossa que drama! - ela falou rindo.
- Vamos comer a pizza antes que esfrie. - eu falei entediado.
- Não sabia que avia chamado mais gente para comer conosco. - Vai dá merda, eu vou bater nesse cara.
- Pois é, você é tão importante para ela que ela até esqueceu de te avisar. - respondi rindo.
- Acredite, eu pelo menos nunca a abandonaria e a deixaria sofrendo sem noticias. - ele respondeu no mesmo tom.
- Já chega! - ela falou.
- Eu não abandonei ela, eu estive com ela quando ela precisou!
- Quando ela precisou tomar remédios para tentar se matar, se não você ainda estaria por ai! - ele gritou.
- Parem! - Kris gritou de novo.
- E quem é você na fila do pão cara?! Se toca! - eu já ia partir para cima dele, se não fosse uma garota chamada Kristy na frente.
- Parem! Vocês nem se conhecem e já estão brigando? Que saco! - ela falou irritada.
- Desculpa nugget.
- Desculpa babe.
- Não é pra mim que vocês devem pedir desculpas, e sim um para o outro. - HAHAHA.
- Isso é uma piada né? HAHAHA...
- Desculpe-me, Zayn. - ele falou.
- Oi? - Como assim ele me pediu desculpas?
- Ele é um cara maduro, Zaza. - ela falou calmamente, encantada. Se sentando na mesa, e começando a comer a pizza.
- Jamezinho, você viu o novo single do JB? - ela perguntou e ele riu.
- Vi. - ele rolou os olhos.
- JB?
- Justin Bieber, Zayn.
- Desde quando você gosta do Justin Bieber? - eu perguntei.
- Desde sempre. - ela respondeu normalmente.
- Você não sabia disso, cara? - ele perguntou rindo, e eu em um gestão BEM educado o mostrei o dedo do meio.
- Não te chamei na conversa, otário. - falei.
- Cadê a maturidade, Zayn? - Kris perguntou, fazendo com que o ''Jamezinho'' risse, e eu bufasse.
- Olha, fiquei sabendo que vai ter uma tour dele. Que vai passar por aqui. - ele falou animado.
- Podemos ir juntos. - James e eu falamos juntos.
- Meninos, eu amo o Bieber, mas eu não poderia ir a um show dele. - ela falou comendo um pedaço da pizza.
- Mas, daqui a alguns dias é seu aniversário. - eu falei fazendo biquinho.
- Seu aniversário? - o James perguntou surpreso.
- Chupa otário! É amigo dela, e não sabe o dia do aniversário dela? - zombei rindo.
- Agora isso é uma competição? - ela perguntou.
- E você não sabe o cantor favorito dela.
- O que é o cantor perto do dia em que minha gatinha aqui nasceu?!
- Ouviu isso Kris? - ele perguntou incrédulo. - Ele disse que o JB não é nada.
Remembering you standing quiet in the rain
As I ran to your heart to be near
And we kissed as the sky fell in
Holding you close
how I always held close in your fear
remembering you
Running soft through the night
You were bigger and brighter and whiter than snow
And screamed at the make-believe
Screamed at the sky
And you finally found all your courage to let it all go
As I ran to your heart to be near
And we kissed as the sky fell in
Holding you close
how I always held close in your fear
remembering you
Running soft through the night
You were bigger and brighter and whiter than snow
And screamed at the make-believe
Screamed at the sky
And you finally found all your courage to let it all go
Remembering you fallen into my arms
Crying for the death of you heart
You were stone white
So delicate
So lost in the cold
You were always so lost in the dark
Remembering you
How you used to be slow drowned
You were angels so much more than everything
Oh hold for the last time then slip away
Quietly open my eyes
But I never see anything
Crying for the death of you heart
You were stone white
So delicate
So lost in the cold
You were always so lost in the dark
Remembering you
How you used to be slow drowned
You were angels so much more than everything
Oh hold for the last time then slip away
Quietly open my eyes
But I never see anything
CAPITULO BÔNUS (2/3).
